O sentido do olfato é um dos principais sentidos de todos os organismos vivos; ele auxilia diretamente na complexidade de reações de sobrevivência; ajuda a identificar desde coisas ruins até as boas coisas. Uma maçã vermelha, por exemplo, pode parecer boa, mas o seu cheiro poderá sinalizar que está estragada.
Tanto para o homem primitivo, tanto quanto para muitos animais, um faro apurado fazia a diferença – fosse para detectar a proximidade de um predador, fosse para avaliar se um alimento era venenoso. No curso da civilização, entretanto, o homem focou quase todas as suas atenções na comunicação por estímulos visuais e auditivos. A dependência do nariz foi reduzida e o conhecimento do olfato caminhou a passos mais lentos: para se ter uma idéia, só em 1991 os biofísicos americanos Richard Axel e Linda Buck, da Universidade Colúmbia, identificaram os receptores responsáveis pela captação de odores no nariz humano.
Apesar de parecer a nossa sensação menos desenvolvida, podemos sentir 10 mil cheiros diferentes, ao passo que o paladar, considerado muito mais desenvolvido que o olfato pode avaliar somente quatro gostos diferentes: doce, salgado, azedo, amargo, e são estes os quatro tipos de gostos primários que sentimos.
Como os aromas podem despertar bem-estar, apetite, etc.
O nariz é como uma caverna onde ficam as membranas olfativas, que captam os cheiros.
Logo acima das membranas estão os nervos olfativos, que mandam as informações sobre os cheiros para o bulbo olfativo que conta o que sentiu para o cérebro. Se você sente um aroma bom de comida, possivelmente fique com água na boca. A saliva, que seu cérebro manda produzir, ocorre porque o cérebro entende que você vai comer logo. Na verdade, sentindo o cheiro de uma comida que você goste você já consegue até lembrar do gosto dela.
A área cerebral responsável pelo olfato, o sistema límbico (responsável pelas nossas emoções), causa reações inconscientes de ordem fisiológica e psicológica. Alias, muito do que geralmente chamamos de paladar é realmente olfato.
Os odores do mundo têm muito a nos dizer. Inconscientemente, cheiros podem despertar emoções ou ressuscitar lembranças. A consequência de utilizar os aromas é que começamos a nos relaxar. O próprio ato de relaxar não só diminui o stress como também nos faz sentir bem.
Em suma: Se a pessoa aromatiza o quarto com óleo essencial de lavanda e dorme melhor, não é porque essa pessoa é influenciável. Isso acontece porque esse óleo essencial é neurossedativo e provoca alterações bioquímicas no corpo.